quinta-feira, 3 de março de 2011

De tudo o que já aprendi em minha vida,
de Espiritismo, Paganismo,
passando por Reich a comunismo,
o que me pergunto,
na verdade,
é o que, de fato,
ficou em mim?
O que ficou de toda a boa escrita acadêmica,
de todas as filosofias ecumênicas,
O que fica, de verdade e, arrisco dizer,
para sempre,
no coração?
O que fica depois de tudo isso,
de todos os ensinamentos da infância,
das poesias não gravadas na madrugada,
dos beijos, doces ou fortes,
das amizades, boas ou tórridas.
O que fica, de verdade, no coração?
O que fica depois daquele não,
o que fica dos que eram unidos por aquela única pulsação.
O que fica de todos os que se foram para aqueles que virão?
O que fica, na verdade, no coração?
O que fica no traçado das linhas?
O que fica,
na verdade,
fica nas entrelinhas.

Um comentário:

Mari Magalhães disse...

PERFEITO! Me faço esta mesma pergunta todos os dias: O que ficou em mim? =|Talvez eu nao saiba ler nas entrelinhas...