quarta-feira, 9 de junho de 2010

Se fosse só o tédio... mas o pior é a sensação de inutilidade. Sensação semelhante à que já senti, mas em outra situação.
Sinto que estou perdendo o mundo. Ele continua rodando, e eu continuo aqui, perdendo seu giro, suas cores, perdendo amores.
Sinto que estou atrofiando, em sentido visceral. Minhas costas doem e me dizem o tempo todo o quanto é preciso me levantar. O quanto é preciso levantar, mudar (?) ... mas eu não me canso de mudanças? A mudança, sempre presente em minha vida, me é combustível ou disfarce? Disfarça o tempo sem perceber as verdadeiras mudanças, que ocorrem enquanto eu busco as outras.
A minha sede pela vida continua viva, mas a vida se encontra com a realidade. Uma hora elas teriam que se encontrar, já que uma destrói, mas, ao mesmo tempo, dá sentido à outra.
A realidade destrói a vida e seu sentido?
Que sentido há nisso que eu falo?
Há, sim, a perda dos sentidos, de sentimentos, de vida. O tempo está passando muito lento, mas quando olho para trás, ele passou tão rápido!
O tempo só passa rápido para quem ama...

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